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Caso envolve a compra
de medidas provisórias que teria movimentado R$ 6 milhões
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Após analisar novas provas colhidas com lobistas investigados na
Operação Zelotes, a Polícia Federal indiciou o ex-presidente Lula, nesta
segunda-feira (15), sob suspeita de corrupção passiva em esquema envolvendo a
compra de medidas provisórias, que teria movimentado R$ 6 milhões, destinados
ao PT. Além dele, outras 12 pessoas serão alvo de investigação do
Ministério Público.
“Cabe destacar o destino dos R$
6.000.000,00 (seis milhões de reais), que segundo o documento seria 'seis
mi (para a campanha)', ou seja, o valor seria para abastecer campanha de
Partido Político, provavelmente por meio de 'caixa 2', a exemplo do que foi
muito observado e comprovado ao longo das investigações da 'Operação Lava
Jato'”, diz o texto do relatório.
Os indícios que comprometem o petista são anotações de
reuniões, trocas de e-mails e encontros de Lula com o lobista Mauro Marcondes,
que começaram a partir de 2009, quando Lula era presidente.
Segundo informações do portal G1, o caso é sobre a edição da MP 471, a
chamada MP do Refis, que estendeu a vigência de incentivo fiscal às
montadoras e fabricantes de veículos instalados nas regiões Norte, Nordeste e
Centro-Oeste. O incentivo seria extinto em 31 de março de 2010, mas foi
prorrogado até 31 de dezembro de 2015.
O ex-presidente nega as acusações. A assessoria dele alega que Lula não
cometeu nenhum ato e ilícito e que isso faz parte do "lawfare", que
"consiste na utilização da lei e dos procedimentos jurídicos como
verdadeiras armas de guerra para a obtenção ou bloqueio de resultados
políticos".
O ex-presidente Lula já é réu em ação penal da Zelotes acusado
de beneficiar empresas entre 2013 e 2015, quando já tinha deixado a
Presidência.
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