Parte do mistério envolvendo o
desaparecimento da menina Gabrielly Gomes Santana, 7 anos, ocorrido no mês de
janeiro de 2017, foi desvendado na manhã desta quarta-feira (26), pela Polícia
Civil de Feira de Santana. O crânio da garota desaparecida foi encontrado no Anel
de Contorno, nas proximidades do conjunto Feira IX. Fragmentos também foram
encontrados, uma vez que o corpo foi carbonizado. Autor e motivação do crime
ainda estão sendo investigados.
O coordenador de Polícia Civil de Feira
de Santana, João Rodrigo Uzzum, destaca que uma etapa da investigação foi
vencida. "O crime de Gabrielly mais uma etapa foi vencida no caminho da
elucidação do que aconteceu. Hoje recebemos o laudo de Polícia Forense do Nosso
Departamento de Polícia Técnica que atestou que os ossos encontrados às margens
do Anel de Contorno de Feira de Santana são pertencentes ao de Gabrielly. Não
temos mais dúvidas de que Gabrielly foi morta e o cadáver foi carbonizado. O
local é distante pelo menos 5 km da residência da casa de Gabrielly, tem uma proximidade",
afirmou.
Uma força tarefa estava imbuída em
solucionar o caso. "Investigação extremamente trabalhosa e complexa fez
com que uma força tarefa se dedicasse nesse caso desde o primeiro dia do
desaparecimento da menina Gabrielly.Fizemos diversas diligências, viagens,
perícias, foram envolvidas diversas pessoas e agora temos essa confirmação.
Temos uma linha de investigação muito segura no sentido de localizar o
responsável por essa tragédia", explicou.
A confirmação dada pela polícia é de que
o crânio encontrado é da menina Gabrielly, porém, a ossada ainda está sob
investigação. "O nosso Departamento de Polícia Técnica muito habilmente
ele desenvolveu perícias em diversas nuâncias, inicialmente a perícia de local,
a perícia genética e agora um setor antropológico vai nos fornecer se outros
fragmentos de ossos encontrados no local dessa ossada são compatíveis com ossos
humanos, se foi compatível com o que foi encontrado no crânio, para que
tenhamos todo um histórico para que a investigação caminhe bem", disse
Uzzum.
A Polícia ainda não tem informações se o
crime aconteceu no local onde o crânio foi encontrado. "Não podemos
afirmar isso nesse momento. Estamos aguardando a conclusão da investigação. o
que podemos confirmar com toda certeza é que o corpo foi levado para lá onde
ocorreu a incineração do corpo no local", informou.
A delegada Dorean Soares, falou a
respeito do assunto, porém não divulgou detalhes da investigação. “Temos
uma linha de investigação, mas não vamos divulgar nada que possa atrapalhar.
Nada que a gente diga agora vai nos ajudar a chegar ao autor. Tenha certeza que
a nossa primeira preocupação é que a família soubesse pela gente e informar à
Feira de Santana que o tempo inteiro nos questionava. Com o tempo vamos
apresentar o autor do crime, tenho certeza disso”, afirmou.
A delegada explicou que foram passadas
informações de que um crânio encontrado era compatível com o de uma criança, na
mesma faixa etária de Gabrielly. O material genético do crânio e da mãe da
garota foram enviados à Salvador há cerca de um mês para análise e o resultado
foi 100% compatível.
Mãe da garota
A mãe da garota, Geisa Costa Gomes, não
acredita na informação divulgada pela polícia e nem mesmo no exame de DNA
realizado. "Um papel não significa nada para mim, um papel não quer dizer
que minha filha está morta, pois a última palavra é do meu Deus e eu não aceito
porque muitos não acreditam, falam que minha filha já morreu, mas eu creio no
meu Deus. Só porque um papel com DNA deu positivo não quer dizer que seja da
minha filha", declarou, afirmando que não vai comparecer ao enterro porque
não acredita que a filha esteja morta.
Desaparecimento
Gabrielly Gomes Santana, 7 anos, estava
desaparecida desde o dia 21 de janeiro de 2017, quando estava na porta da casa
da avó, no bairro Gabriela. No mesmo dia o desaparecimento foi comunicado à
polícia de Feira de Santana. A garota morava com a avó, Maria da Glória Costa,
desde os 2 anos.
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