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Segundo o Ministério da Defesa, esse é um recurso utilizado quando há um
esgotamento das forças tradicionais de segurança pública
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Em
meio aos confrontos entre policiais e manifestantes durante protesto em
Brasília (DF) na tarde desta quarta-feira (24), o presidente Michel Temer convocou,
via decreto, as Forças Armadas para fazer a segurança dos prédios públicos no
Distrito Federal por meio de uma ação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
Segundo
o jurista Paulo Blair, professor de Direito Constitucional da Universidade de
Brasília (UnB), a medida adotada por Temer hoje fere a Constituição
Federal.
Essa
não foi a primeira vez que um presidente recorreu ao recurso. Mas é a primeira
vez que ele é usado para barrar atos de vandalismo desde que a GLO foi regulamentada
em 1999, segundo informações do Ministério da Defesa a EXAME.com.
Segundo
a pasta, esse recurso é utilizado quando há um esgotamento das forças
tradicionais de segurança pública. Em termos práticos, nessas ações, as Forças
Armadas são liberadas a atuar com poder de polícia até o restabelecimento da
normalidade.
Assim, por um tempo
limitado e em uma área restrita, os militares devem agir para “preservar a
ordem pública, a integridade da população e garantir o funcionamento regular
das instituições”, afirma texto do site
do Ministério da Defesa.
No
caso desta quarta-feira, as Forças Armadas foram convocadas para garantir a
segurança de prédios públicos na Esplanada dos Ministérios, que foram alvo de
depredação de um grupo de manifestantes. O Ministério da Agricultura, o mais
atingido de todos, chegou a ter um foco de incêndio durante a tarde de hoje.
Veja
outras perguntas e respostas sobre o uso do dispositivo:
Quais as leis que embasam a missão da Garantia
da Lei e da Ordem?
As
missões da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) são previstas no artigo 142 da
Constituição Federal, mas só foram reguladas com a Lei Complementar 97, de
1999, e pelo Decreto 3897, de 2001.
Quem pode convocar as Forças Armadas para
missões desse tipo?
Segundo
o Ministério da Defesa, a decisão sobre o emprego das tropas é feita pela Presidência
da República, por motivação ou não dos governadores ou dos presidentes dos
demais Poderes constitucionais.
Quando a Garantia da Lei da Ordem já foi usada
no Brasil?
Na
maior das vezes em que o presidente recorreu a esse recurso, a motivação estava
atrelada à segurança de autoridades, como durante a Conferência das Nações
Unidas para o Desenvolvimento Sustentável do Rio de Janeiro (Rio + 20), em
2012, e na visita do Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude, em
2013.
Mais
recentemente, durante a crise de segurança pública no início do ano, a mesma
medida foi adotada nos estados do Rio Grande do Norte e do Espírito Santo.
Fonte Exame.com
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