Após manifestação em
frente à prefeitura, a manifestação então seguiu em passeata até o prédio do
Ceaf.
Trabalhadores
em educação da rede municipal de ensino de Feira de Santana ocuparam o prédio
do Centro de Atendimento ao Consumidor (Ceaf), onde fica a Secretaria da
Fazenda (Sefaz), na manhã desta segunda-feira (27).
Após manifestação em frente à prefeitura, a manifestação então seguiu em passeata até o prédio do Ceaf, após a informação de que o prefeito viajou, e não ia resolver a questão da greve dos professores. O objetivo da ocupação foi pressionar o governo a responder a intensa pauta da categoria, que após diversas audiências não avançou nas negociações.
O
prefeito José Ronaldo de Carvalho informou durante entrevista no programa
Acorda Cidade, que vai aplicar o que diz a lei e que vai cortar o ponto dos
professores da rede municipal que continuarem em greve.

“A
partir de hoje eu vou aplicar a lei. A informação que me foi dada pela
secretaria é que 70% das escolas funcionaram nesses dez dias. Isso quer dizer
que 70% das pessoas foram trabalhar normalmente. Aqueles que não forem
trabalhar hoje, o pensamento do governo, com toda clareza, é mandar cortar o
dia de trabalho”, afirmou.
Em
resposta, a diretora da APLB, Marlede Oliveira, disse que a decisão da greve é
da categoria, que na última sexta-feira (24) compareceu em assembleia e votou
pela continuidade da greve na rede municipal. A sindicalista disse que a
categoria tem direito à greve e que caso o prefeito corte o ponto, os
professores não vão repor os dias parados.
“Se
ele está dizendo que vai cortar o ponto, a gente não repõe. Se a gente não
repõe, não tem ano letivo. Então ele que sabe se vai deixar as crianças sem ano
letivo. De um lado o prefeito ameaça e do outro a gente. O ano passado
repusemos todo os dias de greve”, afirmou.
Segundo
Marlede, a greve não é só para reivindicação salarial, mas também com relação
ao plano de carreira de Feira de Santana, pelo enquadramento, entre outras
coisas. Marlede afirma que o governo está tirando direitos e beneficiando os
cargos de confiança.
“Essa
birra do prefeito é com a categoria. Eu quero dizer que o prefeito ao invés de
fazer um plano de carreira reformulado, ele está tirando o enquadramento. Tudo
ele tirou, foi perverso. Um foi na questão da previdência que ele deu o rombo.
Não fomos nós os trabalhadores que demos o rombo na previdência. Quem deu foi
José Ronaldo durante 16 anos. Contrata estagiários, cooperativas, terceirizados
que não pagam a previdência, causando o rombo. A greve continua e se cortar o
ponto, não vai ter ano letivo. Quem vai responder não somos nós, será o
prefeito”, afirmou.
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