Precisou
do suporte de uma bombeira em uma das praias da extensa orla de Salvador?
Certamente conheceu a soldada BM Bárbara Perrone, única mulher do 13º
Grupamento de Bombeiros Militar (Grupamento Marítimo/ Gmar) a atuar, no
presente, como salva-vidas. De inverno a verão, ela está no posto de serviço,
em uma das praias mais populares da cidade, garantindo a segurança de banhistas
através de ações de prevenção, repressão e salvamento de banhistas.
Integrante
há 10 meses do Gmar, Perrone acredita que é vocacionada para exercer a
atividade e, já passou por situações inusitadas dentro e fora do mar. Formada
em enfermagem e pós-graduada em urgência e emergência, foi convocada durante
serviço do carnaval 2017 para realizar o parto do sétimo filho de uma gestante que
trabalhava como catadora de latinha no circuito Barra/Ondina.
Após
realizar manobras que ajudaram no nascimento, a profissional notou que o bebê
havia aspirado líquido, “foi meu primeiro parto e fiquei preocupada com o
bem-estar da criança”, lembrou. A profissional garantiu que ajudar a colocar
uma pessoa no mundo deu-lhe sensação de paz.
Na
unidade marítima viu também a chance de unir duas de suas habilidades: a
natação e os conhecimentos em primeiros socorros. “Isso porque um salvamento
nunca termina na água. Após retirar a vítima e, dependendo do grau de
afogamento, são necessárias manobras de primeiros socorros”, explicou.
Com
os olhos sempre direcionados para o mar do Porto da Barra e com atuações nas
praias do Farol da Barra e Itapuã, ela enfrenta o perigo do mar (principalmente
no inverno) e o preconceito de banhistas homens. “Em muitos casos alcoolizados,
eles recusam ajuda”, pontuou.
E
o que não falta é história para contar. Sob influência de bebidas, um homem
ficou ilhado em algumas pedras, na praia de Itapuã. A bombeira, observando o
risco que ele enfrentava foi ao local com seu equipamento, mas foi reprimida
pelo cidadão. “Ele se desequilibrou e caiu no mar”, relatou. Após o salvamento,
a vítima, que havia chamado a profissional de ‘louca’, desculpou-se e
agradeceu.
Para
dar conta da intensa atividade física presente na rotina profissional,
participa de treinamentos frequentemente e faz exercícios. “É da
responsabilidade do guarda-vidas manter um bom condicionamento, pois trabalha
num ambiente que não pode ser controlado”, assegurou.
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