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quarta-feira, 29 de março de 2017

BOMBEIRA MILITAR ÚNICA MULHER DO GRUPAMENTO MARÍTIMA ENFRENTA PERIGOS DO MAR PARA SALVAR VÍTIMAS

Precisou do suporte de uma bombeira em uma das praias da extensa orla de Salvador? Certamente conheceu a soldada BM Bárbara Perrone, única mulher do 13º Grupamento de Bombeiros Militar (Grupamento Marítimo/ Gmar) a atuar, no presente, como salva-vidas. De inverno a verão, ela está no posto de serviço, em uma das praias mais populares da cidade, garantindo a segurança de banhistas através de ações de prevenção, repressão e salvamento de banhistas.


Integrante há 10 meses do Gmar, Perrone acredita que é vocacionada para exercer a atividade e, já passou por situações inusitadas dentro e fora do mar. Formada em enfermagem e pós-graduada em urgência e emergência, foi convocada durante serviço do carnaval 2017 para realizar o parto do sétimo filho de uma gestante que trabalhava como catadora de latinha no circuito Barra/Ondina.

Após realizar manobras que ajudaram no nascimento, a profissional notou que o bebê havia aspirado líquido, “foi meu primeiro parto e fiquei preocupada com o bem-estar da criança”, lembrou. A profissional garantiu que ajudar a colocar uma pessoa no mundo deu-lhe sensação de paz.

Na unidade marítima viu também a chance de unir duas de suas habilidades: a natação e os conhecimentos em primeiros socorros. “Isso porque um salvamento nunca termina na água. Após retirar a vítima e, dependendo do grau de afogamento, são necessárias manobras de primeiros socorros”, explicou.

Com os olhos sempre direcionados para o mar do Porto da Barra e com atuações nas praias do Farol da Barra e Itapuã, ela enfrenta o perigo do mar (principalmente no inverno) e o preconceito de banhistas homens. “Em muitos casos alcoolizados, eles recusam ajuda”, pontuou.

E o que não falta é história para contar. Sob influência de bebidas, um homem ficou ilhado em algumas pedras, na praia de Itapuã. A bombeira, observando o risco que ele enfrentava foi ao local com seu equipamento, mas foi reprimida pelo cidadão. “Ele se desequilibrou e caiu no mar”, relatou. Após o salvamento, a vítima, que havia chamado a profissional de ‘louca’, desculpou-se e agradeceu.

Para dar conta da intensa atividade física presente na rotina profissional, participa de treinamentos frequentemente e faz exercícios. “É da responsabilidade do guarda-vidas manter um bom condicionamento, pois trabalha num ambiente que não pode ser controlado”, assegurou.




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